As sanções representam um agravamento das tensões diplomáticas entre Bogotá e Washington.

A decisão foi divulgada pelo Departamento do Tesouro americano, por meio do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC).

Os nomes foram incluídos na Lista de Nacionais Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN), o que implica bloqueio de bens e restrição total de transações comerciais e financeiras com cidadãos e empresas dos Estados Unidos. A inclusão na lista significa que qualquer ativo que os sancionados possuam sob jurisdição americana será congelado, e qualquer pessoa ou empresa dos EUA fica proibida de negociar com eles.

Em publicação na rede X (antigo Twitter), Gustavo Petro reagiu à decisão, afirmando que “a ameaça de Bernie Moreno se cumpriu”, em referência a um político americano de origem colombiana. O presidente declarou que ele, sua esposa e seu filho foram incluídos na lista e que será defendido pelo advogado norte-americano Dany Kovalik.

“A ameaça de Bernie Moreno se cumpriu. Eu, minha esposa e meu filho fomos incluídos na lista. Será o advogado americano Dany Kovalik quem nos defenderá. É um paradoxo: a Colômbia tem lutado contra o narcotráfico há décadas com eficácia. Nem um passo atrás, e jamais de joelhos”, escreveu Petro.

As sanções representam um agravamento das tensões diplomáticas entre Bogotá e Washington, que vinham se intensificando nas últimas semanas por divergências em temas como política antidrogas, direitos humanos e relações com a Venezuela.

Até o momento, o governo dos Estados Unidos não detalhou os motivos específicos das sanções, mas fontes diplomáticas afirmam que a medida estaria relacionada a suspeitas de corrupção e tráfico de influência envolvendo pessoas próximas ao presidente colombiano.