Segundo informações enviada ao portal menezesvirtualeye, na noite desta terça-feira (15), uma operação conduzida por uma equipe da ROCAM – Rondas Ostensivas Cândido Mariano, unidade de elite da Polícia Militar do Amazonas – gerou tensão e revolta entre os moradores da Rua Domingos Bosco e do Beco Santa Rita, no bairro Coroado 2, zona Leste de Manaus. Segundo relatos de diversas famílias da comunidade enviados a nossa redação, policiais em motos invadiram residências sem apresentar mandado judicial ou justificativa legal para o ato.

Os moradores identificaram um dos agentes envolvidos como o sargento Loyola, que, segundo testemunhas, teria agido de forma arbitrária, com tom agressivo e ameaçador.

“Eles entraram chutando portões, apontando arma pra gente. Ninguém sabia o que estava acontecendo. As crianças ficaram apavoradas”,relatou uma moradora que preferiu não se identificar por medo de represálias.

A operação teria começado por volta das 19h30, horário em que, de acordo com a legislação brasileira, buscas domiciliares só podem ser realizadas com autorização judicial ou em flagrante delito. No entanto, segundo os relatos, nenhuma justificativa legal foi apresentada no momento da entrada forçada nas casas.

Entidades de direitos humanos e representantes comunitários do bairro estão cobrando esclarecimentos urgentes por parte da Polícia Militar e do comando da ROCAM, além de medidas do Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), que deve ser provocado formalmente para apurar eventuais abusos de autoridade e violações de domicílio.

“Não somos contra a presença da polícia, mas sim contra esse tipo de abordagem violenta e ilegal. Exigimos respeito e investigação dos fatos”,afirmou um líder comunitário da região.

Até o momento, a Polícia Militar não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A Defensoria Pública do Estado foi acionada por moradores para acompanhar a situação e garantir os direitos das famílias afetadas.

A comunidade aguarda agora respostas e providências que assegurem o respeito à legalidade e à dignidade das pessoas nas ações de segurança pública.