Desde agosto de 2023, quando o regime de Nicolás Maduro expulsou os diplomatas argentinos.
Um grupo de opositores venezuelanos asilado desde março de 2024 na Embaixada da Argentina em Caracas enviou nesta segunda-feira (28) uma carta ao governo brasileiro solicitando providências urgentes para garantir sua saída segura da Venezuela. Os asilados acusam o Itamaraty de abandono diplomático e cobram a emissão de salvo-condutos que viabilizem a viagem para um terceiro país.
Desde agosto de 2023, quando o regime de Nicolás Maduro expulsou os diplomatas argentinos, a embaixada passou a ser representada e protegida pelo governo brasileiro. No entanto, segundo os asilados, mais de um ano após o início do impasse, a situação no interior da representação diplomática é insustentável.
“Completamos 404 dias desde que ingressamos nesta sede diplomática e mais de cinco meses sem eletricidade nem água encanada”, relata o grupo na carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Vivemos em condições que violam os direitos humanos, sob assédio policial constante.”
O grupo denuncia o que classifica como uma “clara violação” da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e acusa o Brasil de agir com negligência diante do caso. Os asilados também criticam o contraste entre a demora do governo brasileiro em resolver sua situação e a celeridade com que foi concedido asilo à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, condenada por lavagem de dinheiro em seu país.
“É difícil não notar a contradição na forma como o governo brasileiro tem tratado casos semelhantes, inclusive com pessoas condenadas por crimes graves”, afirma a carta. “Por que alguns recebem proteção imediata, enquanto nós somos condenados ao silêncio e ao esquecimento?”
Em apelo direto ao presidente Lula, os asilados pedem que o governo brasileiro pressione Caracas pela concessão de salvo-condutos, conforme prevê a Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático. “Presidente Lula, já esperamos há mais de um ano por uma ação concreta que garanta nossa saída segura”, concluem os signatários.
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