O Fenômeno voltou a sonhar com a presidência da entidade máxima do futebol brasileiro e quer que Guardiola seja seu trunfo

Ronaldo Fenômeno, pentacampeão do Mundo e ex-dono do Cruzeiro, está mirando a presidência da CBF e uma de suas missões seria levar Pep Guardiola para a seleção brasileira, após a Copa do Mundo de 2026.

A informação foi divulgada no jornal “Sport”, da Espanha, no último sábado (16/11). Ednaldo Rodrigues, atual presidente da CBF, tem mandato até março de 2026, porém as eleições serão disputadas em 2025 e Ronaldo pretende disputar, tendo como carro-chefe o projeto de Guardiola, atualmente no City, à frente da Amarelinha.

“O Fenômeno, desde a época como jogador de futebol, foi tecendo uma rede de contatos na elite empresarial, social, política e até nas altas esferas judiciais, que agora irá ativar, juntamente com seu carisma e legado como um dos melhores jogadores de futebol da história, para divulgar sua candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)”, diz trecho da reportagem do jornal espanhol.

Ronaldo poderia se candidatar?

Para conseguir se candidatar nas próximas eleições, o Fenômeno precisaria primeiro ter apoio por escrito de quatro federações estaduais e de quatro clubes da primeira ou segunda divisão do Brasileirão para inscrever uma chapa.

Depois disso, ele precisaria convencer o colégio eleitoral, formado pelas 27 federações e pelos 40 clubes das Séries A e B, a votar em maior número em sua chapa. A pontuação tem pesos diferentes: cada voto de uma federação tem peso 3; votos de clubes da Série A tem peso 2; e votos de clubes da Série B têm peso 1.

Caso queira se eleger, Ronaldo Fenômeno terá de convencer boa parte das federações. Nenhum deles se elegeu de forma diferente.

Sonho antigo

Não é a primeira vez que o nome de Ronaldo aparece vinculado à presidência da CBF. Em outras oportunidades, os jornais trouxeram o interesse do Fenômeno pelo cargo e ele próprio confirmou.

Em março de 2012, o Fenômeno disse ao UOL e à Folha que “aceitaria” assumir a presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) depois da Copa do Mundo de 2014.

Na mesma época, ele demonstrou disposição em fazer grandes mudanças na CBF: “Tenho interesse em ser presidente da CBF. Poderia até pensar em me candidatar, mas a questão não são os nomes. A gente tem que desmontar esse sistema corrupto existente. O modo atual não permite a entrada de qualquer pessoa, é sempre a indicação de alguém do próprio sistema da CBF”, disse Ronaldo em entrevista ao SporTV, já no final de 2012.

Ronaldo Fenômeno se tornou membro do Conselho do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, se tornando figura influente no meio político, e voltou a mostrar seu interesse em ingressar na CBF.

“O futebol brasileiro precisa de muitas mudanças. Eu não tenho medo nenhum de assumir a CBF se um dia fizer disso meu objetivo”, afirmou em entrevista à revista IstoÉ.

Passados 10 anos, o nome do Fenômeno voltou a aparecer com força. A CBF atravessa um clima instável nos bastidores já há alguns anos e a presidência da entidade tem sido uma das principais dores de cabeça. Foram oito presidentes em dez anos, sendo três só nos últimos três anos.