Governo argentino afirma que o objetivo da medida é ampliar a abertura econômica do país

O governo de Javier Milei anunciou, na última sexta-feira, 15, o fim do imposto sobre compras feitas no exterior. A medida, confirmada pelo porta-voz do governo argentino, Manuel Adorni, tem o objetivo de ampliar a abertura econômica do país, além de “fornecer aos consumidores o acesso a produtos mais em conta”.

O ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, afirmou que “o plano aumentará o limite de compras estrangeiras isentas de impostos de US$ 1 mil para US$ 3 mil, por pacote entregue”. Além disso, ele confirmou que a medida inclui a isenção tarifária de até US$ 400 sobre produtos importados para uso pessoal.

“Queremos que todos os argentinos possam ter acesso a preços mais competitivos”, escreveu o ministro. “Não somente os que têm a oportunidade de viajar e trazer roupas, brinquedos e eletrodomésticos do exterior.”

Milei dá a oportunidade a milhões de argentinos de elegerem o que querem comprar

Caputo também afirmou que, com essas medidas, o governo de Milei dará a oportunidade “a milhões de cidadãos de eleger o que querem comprar e onde comprar”.

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A partir de diciembre vamos a ampliar el límite de envíos de importaciones eventuales (courier), de 1000 USD a 3000 USD por paquete, implementando una exención de aranceles hasta los 400 USD para importaciones de uso personal (en este caso solo se pagará IVA)…

— totocaputo (@LuisCaputoAR) November 15, 2024

O governo argentino anunciou a medida um dia depois de Milei se encontrar com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o empresário Elon Musk. Os encontros foram realizados na Flórida, EUA, durante a conferência conservadora, conhecida como CPAC. 

Milei foi o primeiro chefe de Estado da América Latina a reunir-se com Trump, depois das eleições norte-americanas deste ano. Além disso, a visita teve o objetivo de fortalecer laços políticos e econômicos entre os países.

Os mercados financeiros da Argentina reagiram positivamente depois da vitória de Trump. Os títulos em dólar, por exemplo, registraram alta expressiva. Da mesma forma, o índice de risco no país sul-americano também apresentou queda significativa — o menor nível em cinco anos.