sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Mais de 1 mil cestas básicas são apreendidas por suposta compra de votos em Presidente Figueiredo; assista

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

As cestas, que deveriam ser parte de um programa de ajuda humanitária voltado para as vítimas da seca que afeta a região, foram desviadas para fins eleitorais.

Uma operação da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) resultou no desmantelamento de um esquema de compra de votos em Presidente Figueiredo, no interior do estado. A ação, que ocorreu sob ordens da Justiça Eleitoral, culminou na apreensão de 1.160 cestas básicas, supostamente destinadas a angariar votos de maneira ilícita durante as eleições municipais.

As cestas, que deveriam ser parte de um programa de ajuda humanitária voltado para as vítimas da seca que afeta a região, foram desviadas para fins eleitorais. O material foi encontrado na residência de Rodrigo Machado Belai, que, segundo as investigações, estaria diretamente ligado a uma candidata a vereadora da coligação local. Denúncias apontam que Rodrigo e sua esposa mantinham uma relação próxima com a prefeita Patrícia Lopes, que busca a reeleição.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram Rodrigo e sua esposa em eventos com a prefeita, levantando questões sobre a utilização de recursos públicos para beneficiar campanhas políticas. O material audiovisual da operação, incluindo vídeos da apreensão das cestas, evidenciou a movimentação das autoridades no local e reforçou as suspeitas de que a ação fazia parte de um esquema mais amplo para manipular os resultados eleitorais.

De acordo com a PC-AM, o esquema foi identificado após denúncias anônimas que apontaram irregularidades na distribuição das cestas básicas. As investigações revelaram que os alimentos, destinados a aliviar a situação crítica da população afetada pela seca, estavam sendo usados como moeda de troca nas eleições.

A operação teve grande repercussão nas redes sociais, onde vídeos da apreensão foram compartilhados, demonstrando o trabalho das forças de segurança no combate à corrupção eleitoral. Especialistas em direito eleitoral destacam que o uso de recursos públicos em campanhas é um crime que compromete a integridade do processo democrático e fere os princípios de igualdade e justiça.

A Justiça Eleitoral, que acompanha de perto o caso, já sinalizou que pretende investigar mais a fundo o envolvimento de outros possíveis participantes do esquema.


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