A oposição venezuelana contesta veementemente
Na tarde desta segunda-feira (29), manifestantes contrários ao anúncio da vitória de Nicolás Maduro nas eleições do domingo (28) tomaram as ruas da capital venezuelana, Caracas. O protesto, que se concentra no bairro de Catia, ocorre sob o olhar atento da polícia, sem relatos de confrontos ou feridos até o momento.
A manifestação surge em resposta à proclamação de Maduro como presidente pela Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o órgão máximo eleitoral do país. O anúncio foi feito com apenas 80% das urnas apuradas, o que gerou questionamentos e dúvidas sobre a transparência do processo eleitoral, tanto internamente quanto no cenário internacional.
Durante o anúncio do CNE, panelaços ecoaram pela capital, simbolizando a insatisfação de uma parcela significativa da população. A oposição venezuelana contesta veementemente o resultado e a transparência do pleito, alegando que o candidato opositor, Edmundo González, seria o verdadeiro vencedor com 70% dos votos, em contraste com os 44% anunciados pelo CNE. Segundo o órgão, Maduro teria sido reeleito com 51,2% dos votos.
A comunidade internacional também está atenta aos desdobramentos. O governo brasileiro, por exemplo, emitiu um comunicado afirmando que acompanha de perto o processo de apuração e espera a divulgação de informações mais detalhadas pelo CNE. “Aguardamos a divulgação dos dados desagregados, um passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”, afirmou o governo. Esses dados incluem informações específicas de cada local de votação, presentes nas atas.
O CNE, presidido por um aliado de Maduro, enfrenta um escrutínio crescente tanto de observadores nacionais quanto internacionais. A oposição e diversos líderes globais exigem maior transparência e questionam a rapidez com que o resultado foi divulgado, dado que apenas 80% das urnas foram contabilizadas.
A situação em Caracas permanece tensa, com a possibilidade de novos protestos e ações por parte da oposição. A polícia, enquanto isso, continua monitorando de perto a movimentação dos manifestantes, tentando evitar qualquer escalada de violência.
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