O presidente da Câmara de Dirigentes e Lojistas de Manaus (CDL Manaus), Ralph Assayag, afirma em entrevista ao Foco nessa sexta-feira (10), que a Prefeitura de Manaus não tem efetuado ações concretas para beneficiar o Centro de Manaus, dada situação precária que a região enfrenta.

Moradores de rua, usuários de drogas e vândalos tomam as calçadas e assaltam as lojas da região, o que preocupa os comerciantes, que antes fechavam os estabelecimentos às 19h e atualmente fecham ainda mais cedo, por volta das 16h.

Assayag destaca que o problema ocorre desde a gestão municipal anterior e que na gestão atual a região ficou totalmente esquecida. Segundo ele, muitos ribeirinhos chegam à capital pelo Centro e o local é um cartão-postal cidade, mas está abandonado.

“A região ficou sem lei e automaticamente a gestão atual viu que tinha que fazer outras coisas nos bairros, mas infelizmente esqueceu do Centro e o Centro é um cartão-postal. É a entrada de turismo, dos ribeirinhos que vêm de todos os municípios, mas quando chegam no Centro, encontram o local deteriorado, sujo, indisciplinado, e automaticamente, entra numa questão que é a droga, e as facções criminosas chegam e acabam tomando conta e o poder público desaparece”, lamenta o presidente da CDL Manaus.

As secretarias da prefeitura tentam encontrar soluções que resolvam o problema na região, mas Assayag reitera que ainda não há um trabalho totalmente efetivo.

O presidente declarou que o prefeito de Manaus, David Almeida, precisaria delegar as ações necessárias e modernizar o Centro com pequenas ações, como por exemplo um fundo de recursos para acolher essas pessoas em situação de vulnerabilidade social.

“Nós precisamos muito é que o prefeito determine as ações que tem que serem feitas, modernize o Centro da cidade com pequenas ações, inclusive, até tirando os valores de um fundo, onde nós mostramos que esse recurso é apropriado para fazer isso e temos um pouco como resolver. Só precisamos da vontade de todos”, explica.

Ele ressaltou que a gestão municipal e estadual é de extrema importância, porém disse que o governo do estado é quem tem tido iniciativa.

“O poder Executivo Municipal é importantíssimo, e o poder Executivo Estadual também, porém o governador é que tem tido a iniciativa para fazer acontecer, facilitando para a Segurança Pública e para todos”, ressalta.

Movimento
Atualmente, o Centro conta com 35 mil empregos gerados, em torno de 30 mil pessoas compram nesses estabelecimentos e 5 mil que entram e saem dos barcos que ficam atracados na orla da cidade diariamente.

“Nós temos em torno do ICMS quase 35% de carga vendida e transportada pelo Centro para chegar aos municípios, que é de onde saem as cargas. Isso tudo, cairia uma arrecadação violenta, levaria a um problema social muito maior e sem precedentes caso as lojas fechem as portas definitivamente”, alerta.

*Com informações foconofato