Abimael Alves Pinto foi preso na ‘Operação Jurupari’, deflagrada na terça-feira (27), por suspeita de vender informações valiosas a garimpeiros sobre operações da Polícia Federal no interior do Amazonas, atrapalhando ao menos três operações da corporação
Abimael Alves Pinto, tenente-coronel do Exército Brasileiro (EB), foi o militar preso na Operação Jurupari, nessa terça-feira (27), na qual está sendo investigado, suspeito de vender informações para garimpeiros sobre operações da Polícia Federal no interior do Amazonas. Sua esposa, identificada apenas como Daniele, também foi presa por envolvimento, e Bruna Souza da Costa, que também teria envolvimento, segue foragida.
Segundo a PF, durante as investigações, foi solicitado um pedido de quebra de sigilo telefônico do militar do Exército, onde foram identificadas mensagens de áudio em um aplicativo de mensagem, do militar para garimpeiros, informando sobre uma operação da PF na região onde as balsas estavam.
“Acabei de falar com um camarada, a missão da 2ª Brigada, que é de São Gabriel da Cachoeira, realmente tá subindo o rio naquela direção. Seria bom ele sair de lá por enquanto. Há cerca de três dias eles devem estar passando naquela posição. A que a gente ia sair daqui, eu já mudei a direção”, diz o tenente-coronel Abimael para um garimpeiro.
Para outro garimpeiro, mais incisivo, ele avisa que a Polícia Federal e outros órgãos de proteção do meio ambiente não atuam durante a noite e que ele teria dois dias para retirar as balsas da região. “Os satélites estão fotografando tudo, mesmo se a draga estiver para dentro do leito do Rio. Temos muitas fotografias aéreas. Então fala que ele tem até quarta pra sair, quando ele puder voltar, eu aviso”, afirma o militar de alta patente do Exército.
Entre janeiro de 2020 e julho de 2021, o tenente-coronel Abimael Alves Pinto serviu na capital amazonense, no subcomando do Batalhão de Selva do Exército. Mesmo após esse período, quando foi transferido para o Estado do Paraná, ele continuou vendendo informações para os garimpeiros. A PF estima que pelo menos três operações foram prejudicadas por conta dos vazamentos de informações do militar do Exército.
ESPOSA ESTARIA ENVOLVIDA
Ainda de acordo com informações repassadas pela Polícia Federal, o pagamento que o tenente-coronel Abimael recebia não era depositado em sua conta, mas sim na conta da empresa de sua esposa, identificada apenas como Daniele, que também foi presa. Bruna, que está foragida, era a encarregada de pegar esse dinheiro, segundo as investigações.
Em outro áudio recuperado pela PF, o militar comenta com um homem sobre as balsas de garimpo de um cliente e que eles deveriam tomar cuidado, pois se fossem apreendidas, seria um prejuízo que classificou como “federal”.
*Com informações acritica
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