17/08/2025
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Wall Street Journal acusa Moraes de promover ‘golpe de Estado’ e politizar o STF

Wall Street Journal
Foto reprodução

O jornal ressalta que esse suposto caminho autoritário “começou em 2019”, com a instauração do controverso inquérito das fake news.

Em um artigo publicado em 10 de agosto, o jornal americano The Wall Street Journal (WSJ) acusou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, de liderar um “golpe de Estado” no Brasil, por meio do crescente controle sobre instituições democráticas. A coluna, assinada pela jornalista Mary Anastasia O’Grady, posiciona o ministro em um nível comparável ao de líderes autoritários como Hugo Chávez e Nayib Bukele, que teriam consolidado poder com o apoio popular, somente para depois reprimir adversários ou forçá-los ao exílio.

O jornal ressalta que esse suposto caminho autoritário “começou em 2019”, com a instauração do controverso inquérito das fake news, no qual o STF, sob liderança de Moraes, teria acumulado as funções de acusador, investigador e juiz. A matéria argumenta que ele teria sido escolhido para conduzir o caso sem sorteio, passando a monitorar redes sociais, criminalizar opiniões contrárias e promover prisões preventivas contra críticos da Corte.

Além disso, a atuação de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022 também foi criticada pelo WSJ, que acusa a Corte de se tornar “notavelmente mais política”, monitorando discursos de partidos, candidatos e cidadãos, e censurando aqueles com opiniões divergentes.

Durante o inquérito relativo aos atos de 8 de janeiro de 2023, o jornal destacou que cerca de 1.500 suspeitos foram presos, alguns mantidos por até um ano aguardando julgamento por infrações consideradas menores. Enquanto movimentos de esquerda teriam sido tratados com mais “compreensão”, críticos do governo Lula teriam enfrentado “mão de ferro”.

O artigo também menciona o inquérito das milícias digitais, aberto em 2021, afirmando que ferramentas de tecnologia — especialmente de origem estadunidense — foram obrigadas a censurar conteúdo e desmonetizar vozes contrárias ao STF sob risco de perderem autorização de operação no país.

Na conclusão, O’Grady afirma:

“Independentemente do que se pense sobre Jair Bolsonaro, é evidente que a política tomou conta do Supremo.”
Ela ainda relata que senadores de direita articulam um processo de impeachment contra Moraes como forma de restaurar a imparcialidade judicial, e que até parte da elite brasileira reclama de “ministros embriagados de poder”.

O editorial do WSJ destaca também que as sanções aplicadas a Moraes nos Estados Unidos pela Lei Magnitsky podem ter gerado uma reação interna na corte, abrindo caminho para “uma restauração do Estado de Direito” no Brasil.


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