Atualmente, a Uber é uma das maiores empresas de mobilidade do mundo. Dessa maneira, desde sua fundação, a empresa revolucionou o transporte urbano, conectando motoristas e passageiros por meio da tecnologia. Entretanto, o futuro da marca pode ser bem diferente do modelo de hoje. Isso se deve ao fato de que o próprio CEO do recurso afirmou que o mesmo poderá dispensar motoristas no futuro.
Logo, neste texto, explicaremos como a Uber planeja não precisar mais de motoristas, bem como listaremos os possíveis benefícios desse planejamento. Em conjunto a isso, iremos discutir os cuidados necessários com o mesmo e também se ele pode se tornar tendência para outras empresas do setor.
Como a Uber planeja não precisar mais de motoristas?
A condução autônoma é uma das principais inovações tecnológicas da atualidade. Sendo assim, o conceito se baseia na substituição da condução humana por sistemas de Inteligência Artificial sofisticados.
Ou seja, empresas como por exemplo Tesla, Waymo (subsidiária da Alphabet, controladora do Google) e a própria Uber trabalham há anos no aprimoramento dessa tecnologia. Então, durante sua participação no Fórum Econômico Mundial, Dara Khosrowshahi, CEO da Uber, destacou que a transição para veículos autônomos será gradual.
Segundo ele, nos próximos dez anos, motoristas humanos e veículos sem condutor ainda conviverão no trânsito. No entanto, em um período de 15 a 20 anos, a tecnologia poderá atingir um nível de confiabilidade superior à condução humana.
Isso será possível porque os sistemas autônomos irão aprender com milhões de horas de condução em diferentes cenários. A IA será capaz de processar informações em tempo real e tomar decisões mais rápidas do que um ser humano. Juntamente com isso, os veículos autônomos não se distraem, não se cansam e seguem as regras de trânsito com precisão.
Em outras palavras, esse planejamento é um passo para enfrentar um grave problema do trânsito mundial: mais de um milhão de pessoas morrem todos os anos em acidentes automobilísticos.
A maioria dessas tragédias ocorre devido a falhas humanas, como excesso de velocidade, embriaguez e distração ao volante. Portanto, empresas como a Uber acreditam que os veículos autônomos podem reduzir significativamente esses números.
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Possíveis benefícios desse planejamento
A adoção total de veículos autônomos por empresas como a Uber pode trazer diversas vantagens tanto para elas quanto para a sociedade. Desse modo, a seguir, destacamos alguns dos principais benefícios desse planejamento:
- Redução de acidentes: como vimos, a segurança no trânsito pode ser um dos principais benefícios dessa tecnologia. Como os veículos autônomos utilizam sensores, câmeras e radares com o intuito de identificar obstáculos e tomar decisões rápidas, se eliminaria a possibilidade de erro humano. Isso é algo que reduziria drasticamente o número de colisões e mortes no trânsito;
- Eficiência operacional: a Uber atualmente depende da força de trabalho de seres humanos para atender à demanda de seus passageiros. Apesar disso, os motoristas precisam descansar, podem se atrasar ou até mesmo recusar corridas. Por outro lado, os veículos autônomos poderiam operar continuamente, sem interrupções, o que garantiria um serviço mais eficiente;
- Redução de custos: sem a necessidade de realizar pagamentos para motoristas, a Uber poderia reduzir custos operacionais e consequentemente oferecer tarifas mais baixas para os usuários. Isso tornaria o serviço mais acessível para eles e, ao mesmo tempo, aumentaria a margem de lucro da empresa;
- Impacto ambiental positivo: muitas empresas que desenvolvem carros autônomos apostam em modelos elétricos visando a redução da emissão dos poluentes. Com a substituição de frotas movidas a combustíveis fósseis por veículos elétricos, haveria uma redução na poluição urbana e no impacto ambiental causado pelo setor de transportes;
Cuidados necessários com esse planejamento
Embora os benefícios da automação da Uber e de empresas do setor de transporte urbano sejam promissores, a substituição de motoristas por veículos autônomos traz desafios que precisam ser considerados. Abaixo, listamos os principais:
- Segurança cibernética: a conectividade dos carros autônomos os torna vulneráveis a ataques cibernéticos. Em outras palavras, hackers poderiam invadir os sistemas, comprometendo a segurança dos passageiros e do tráfego. Logo, empresas de tecnologia terão que investir fortemente em medidas de proteção contra invasões;
- Impacto no emprego: milhões de pessoas no mundo dependem do transporte por aplicativo como fonte de renda. Com a substituição dos motoristas por máquinas, um grande número de trabalhadores poderá perder seus empregos. Isso pode gerar impactos sociais significativos, exigindo políticas de adaptação para esses profissionais;
- Regulamentação: cada país possui regras específicas para transporte e segurança viária. A introdução de modelos autônomos exigirá mudanças na legislação e adaptações nas normas de trânsito. Essa transição pode levar anos, dependendo da velocidade com que os governos adotarem novas regulamentações;
- Infraestrutura urbana: para que os veículos autônomos funcionem de forma eficiente, as cidades precisarão investir em infraestrutura. Isso inclui sensores, semáforos inteligentes e redes de comunicação entre os veículos e o ambiente urbano. Essas adaptações exigem investimento e planejamento estratégico por parte dos governos e empresas privadas;
Esse planejamento da Uber pode virar tendência?
A ideia de um futuro da mobilidade urbana onde não existam motoristas não é algo exclusivo da Uber. Nesse sentido, diversas empresas ao redor do mundo investem no desenvolvimento da tecnologia autônoma, tornando essa inovação uma possível tendência global.
Um exemplo é a Tesla, que já implementa recursos de direção autônoma avançada em seus veículos. Do mesmo modo, empresas como por exemplo Google, Apple e montadoras tradicionais também estão desenvolvendo seus próprios sistemas. Se a Uber conseguir integrar essa tecnologia ao seu modelo de negócios, outras empresas poderão seguir o mesmo caminho.
Por outro lado, a transição para veículos totalmente autônomos ainda depende de diversos fatores. Tais aspectos podem atrasar essa evolução e entre os mesmos, temos: regulações governamentais, aceitação dos consumidores e também desafios técnicos.
Em última análise, ao mesmo tempo dessa discussão, a Uber continua operando com motoristas humanos. Mas, se a visão de Dara Khosrowshahi se concretizar, é possível que, dentro de algumas décadas, os carros sem motoristas dominem as ruas, mudando para sempre a maneira como nos deslocamos.
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