Christopher andau afirmou que a conduta do ministro tem contribuído para um distanciamento das relações históricas entre os dois países.
O vice-secretário do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, número dois da diplomacia norte-americana, fez nesta sábado (9) uma forte crítica à atuação de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, que recentemente foi sancionado pelo Departamento do Tesouro dos EUA. Em uma série de postagens em sua conta oficial na rede social X, Landau afirmou que a conduta desse magistrado tem contribuído para um distanciamento das relações históricas entre os dois países.
Sem citar nominalmente o nome do ministro, o diplomata afirmou que a separação de poderes — um dos pilares da democracia — está sendo ameaçada por um “poder ditatorial” exercido por um integrante do Judiciário brasileiro. Segundo Landau, este ministro “ameaçou líderes dos outros poderes e suas famílias com prisão, encarceramento e outras penalidades”, o que teria provocado um rompimento nas relações diplomáticas.

Christopher Landau, que é formado em Direito pela Universidade de Harvard e foi embaixador dos EUA no México, ressaltou que “a separação formal de poderes não significa nada se um ramo do governo tiver meios de intimidar os outros a abrir mão de suas prerrogativas constitucionais”. Para ele, o Judiciário brasileiro está exercendo um papel além de suas funções, ao tentar aplicar a lei brasileira de forma extraterritorial para silenciar indivíduos e empresas em território americano.
“Essa situação é inédita e anômala porque essa pessoa veste uma toga judicial”, explicou Landau. “Enquanto sempre podemos negociar com líderes do Executivo ou do Legislativo, não há como negociar com um juiz, que deve agir conforme a lei.” O diplomata destacou que, diante desse cenário, “nos encontramos em um beco sem saída, onde o usurpador se encobre no Estado de Direito e os outros poderes afirmam ser impotentes para agir”.
O discurso de Landau ainda faz um apelo para que seja encontrado um precedente histórico em que um único juiz não eleito tenha tomado controle absoluto do destino de uma nação. “Queremos retomar nossa amizade histórica com a grande nação do Brasil!”, finalizou o vice-secretário.
Este pronunciamento ocorre em um contexto de crescente tensão entre os governos do Brasil e dos EUA, especialmente após a decisão do Departamento do Tesouro norte-americano de sancionar o ministro do STF, uma medida que gerou desconforto diplomático e repercussão política em ambos os países.
Além disso, o comentário de Landau ressalta a preocupação internacional com a situação política brasileira e com o papel que o Judiciário tem exercido nas disputas entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A crítica direta ao que é percebido como excesso de poder de um único magistrado indica uma preocupação do governo americano com a estabilidade democrática e a separação dos poderes no Brasil.
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