13/10/2025
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Pescadores do Marajó formam barreira de barcos contra petróleo na Amazônia

Pescadores do Marajó
Foto: João Paulo Guimarães

De acordo com os pescadores, a abertura de uma nova frente de exploração petrolífera ameaça diretamente os ecossistemas marinho.

Pescadores artesanais da comunidade de Jubim, na Ilha do Marajó (PA), realizaram um protesto neste domingo (21) contra a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. A mobilização reuniu 16 barcos que formaram uma linha no rio, com uma faixa que dizia: “COP30: Amazônia de pé, petróleo no chão”.

De acordo com os pescadores, a abertura de uma nova frente de exploração petrolífera ameaça diretamente os ecossistemas marinhos e a segurança alimentar da região, que depende da pesca como principal fonte de renda. Eles alertam que um eventual vazamento ou até mesmo a movimentação da indústria pode comprometer a qualidade da água, reduzir a quantidade de peixes e afetar modos de vida tradicionais.

“Hoje a comunidade de Jubim vive um momento muito preocupante. Quando os navios de grande porte passam pelo rio já levam nossas redes. Se o petróleo avançar, a vida dos pescadores artesanais do Marajó ficará ainda mais ameaçada”, disse o pescador e pesquisador da UFPA Nelson Bastos.

Mobilização internacional

O ato integra a campanha global “Draw the Line / Delimite”, que promoveu mais de 600 manifestações em 90 países entre os dias 15 e 21 de setembro, paralelamente à Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque. A mobilização busca pressionar governos e empresas a adotar medidas concretas contra a crise climática e frear novos projetos de combustíveis fósseis.

No Brasil, além do Marajó, também ocorreram protestos em Belém, Manaus, Rondolândia, São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.

A manifestação acontece a seis semanas da COP30, que será realizada em Belém em novembro. O ato contou com apoio de organizações indígenas, ribeirinhas, quilombolas e coletivos ambientais, como 350.org, Observatório do Marajó e a campanha A Resposta Somos Nós.


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