Serviço ousado em São Paulo é feito com clientes e profissionais nus, como detalha Paulo Motta à coluna GENTE
Para muitos, obrigação e prazer caminham lado a lado. Paulo Motta, 28 anos, conseguiu unir o útil ao agradável quando abriu um salão de beleza nudista, na Vila Mariana, em São Paulo, oferecendo barba, cabelo, unhas e massagem para clientes que buscam não só estética, mas também conforto. Fundado durante a pandemia de covid-19, o negócio do cearense que se mudou para a capital paulista ainda adolescente surgiu da incerteza sobre seu futuro profissional depois de tentar, sem vontade, cursar faculdade de Medicina Veterinária.
À coluna GENTE, Motta mata a curiosidade sobre o conceito da iniciativa ousada de “sigilo e prazer”, que recebe até 40 clientes por dia cobrando de 22 a 400 reais (dependendo do serviço), e fala da relação entre freguês e barbeiros.
Como surgiu a ideia? Tudo começou há cerca de três anos, durante a pandemia. Sempre quis fazer algo diferente, me reinventar e fazer algo que goste. Depois me divulguei como barbeiro de cueca e, na sequência, virei naturista. Começou a crescer e abri um estúdio de um prédio comercial, para ter mais colaboradores. As coisas foram andando.
Como os clientes reagem ao conceito? É inspirador, porque é muito novo em São Paulo. Tem um ou outro barbeiro atendendo assim em domicílio, mas não em barbearia. Antes foi difícil conseguir a clientela que a gente já tem. Muitos que passam pela barbearia criam hábitos naturistas e hoje ficou até mais fácil para outros salões, porque a gente atrai bastante gente. Vem gente de fora, de outras barbearias, tem o boca a boca, e assim vamos evoluindo.
Existe algum código de conduta ou regras específicas? A gente trabalha com simpatia, educação e profissionalismo para não misturar as coisas. Atingimos um público de 35 a 40 anos, incluindo muita gente grande, como médicos, advogados e juízes.
Já enfrentou algum tipo de preconceito por causa do modelo da barbearia? Sempre tem. Acham que é depravação. Somos profissionais, fazemos cursos e investimos nesse seguimento. Não recebemos dinheiro para fazer nada por fora. A gente é pago para fazer nosso serviço. Aqui ninguém é induzido a fazer nada a mais. Sempre barrei esse questão de que se o cliente pagar mais pode tal coisa. Não. Sempre deixei claro que só fazemos o serviço para não ser taxado como garoto de programa. Somos naturistas, mas temos caráter e princípios.
Há conversas diferentes durante o atendimento? Sim. A gente sente mais confiança por estar trabalhando com pessoas naturistas e íntimas, por ser um ambiente intimista. Aqui as pessoas entram em assuntos que não entrariam lá fora. Eles passam credibilidade, carinho e respeito. E no fim até nos tornamos amigos.
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