Operação terá Manaus como base e deve durar 90 dias, com foco em ilícitos ambientais, garimpo ilegal e tráfico.
A partir desta quinta-feira (11), a Força Nacional de Segurança Pública passa a reforçar as ações de combate a crimes ambientais na Amazônia. A medida foi autorizada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União. O emprego da tropa terá duração inicial de 90 dias, com Manaus definida como cidade-sede da operação.
Plano Amazônia: Segurança e Soberania
Os agentes atuarão no âmbito do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano Amas), criado pelo governo federal em 2023 para ampliar a fiscalização e inteligência na floresta. O programa já conta com R$ 318,5 milhões de investimentos do Fundo Amazônia, destinados à compra de helicópteros, lanchas blindadas, viaturas e drones.
As ações se concentram em três frentes principais:
- Enfrentamento a ilícitos ambientais, transnacionais e conexos;
- Proteção à fauna, flora e populações tradicionais;
- Apoio a serviços essenciais e preservação da ordem pública.
Cooperação internacional
O trabalho da Força Nacional será integrado a órgãos estaduais, à Polícia Federal e ao recém-inaugurado Centro de Cooperação de Polícia Internacional (CCPI/Amazônia), sediado em Manaus. A unidade reúne representantes dos nove estados da Amazônia Legal e promove intercâmbio de dados de inteligência com países vizinhos, além de organismos multilaterais como Interpol, Ameripol e Europol.
Contexto de crimes e desafios
De acordo com o Portal G1, a região amazônica enfrenta há anos crimes ligados ao garimpo ilegal, ao tráfico de drogas e ao desmatamento. Somente em agosto, operações da Polícia Federal resultaram na destruição de 8 mil pés de maconha na floresta e na prisão de suspeitos envolvidos em exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão.
Apesar da redução recente nas queimadas, os incêndios florestais continuam sendo motivo de preocupação. Em agosto, mais de 30 brigadistas atuaram para conter o fogo em uma terra indígena no sul do Amazonas.
Com a chegada da Força Nacional, o governo espera reforçar a presença do Estado e conter atividades criminosas que ameaçam não apenas o meio ambiente, mas também a soberania brasileira na Amazônia.
Por: Mayara Leite – Redatora Seo On
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