O furacão Melissa já provoca devastação antes mesmo de tocar o solo jamaicano. Ao menos sete pessoas morreram — três na Jamaica, três no Haiti e uma na República Dominicana — enquanto uma continua desaparecida. As autoridades locais e a Cruz Vermelha alertam para um “impacto massivo” quando o fenômeno, de categoria 5, atingir a Jamaica na manhã desta terça-feira (28).
Com ventos de até 280 km/h, o Melissa foi classificado pelo Centro Nacional de Furacões (NHC), dos Estados Unidos, como “catastrófico”. A previsão indica que o furacão atravessará a ilha na diagonal, entrando pela região de Santa Isabel, no sudeste, e saindo por Santa Ana, no norte, antes de seguir em direção a Cuba ainda nesta terça-feira.
O primeiro-ministro da Jamaica, Andrew Holness, afirmou que o país enfrenta uma situação sem precedentes:
“Não existe infraestrutura na região capaz de suportar um furacão de categoria 5. O desafio agora será a velocidade da recuperação.”
Diversas regiões do país já estão sob ordens obrigatórias de evacuação, e abrigos temporários foram montados para milhares de moradores. As fortes chuvas e os ventos intensos já causaram deslizamentos de terra, quedas de árvores e apagões em larga escala.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou Melissa como a “tempestade do século” na Jamaica e alerta que as rajadas podem ultrapassar 300 km/h, com risco extremo de inundações repentinas e deslizamentos fatais.
Enquanto isso, Cuba iniciou a evacuação preventiva em cidades costeiras e prepara centros de abrigo para receber famílias deslocadas. O governo cubano também suspendeu voos domésticos e fechou portos na região oriental da ilha.
Imagens impressionantes registradas pela Força Aérea dos Estados Unidos mostram o interior do furacão. Um esquadrão militar sobrevoou o “olho” da tempestade para coletar dados meteorológicos em tempo real, permitindo monitorar o avanço do fenômeno com maior precisão.
O furacão Melissa se consolida como um dos mais poderosos da história recente do Caribe, despertando temores sobre o futuro das ilhas diante do aumento da intensidade das tempestades tropicais impulsionadas pelas mudanças climáticas.
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