Sistema integrado permite ao Instituto monitorar em tempo real a origem, transporte e destino da madeira registrada.
Com o objetivo de garantir que toda a madeira extraída no Amazonas tenha origem legal e seja integralmente rastreável, o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) tem reforçado o controle da cadeia produtiva florestal por meio do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor).
No estado, o sistema é operado pelo Ipaam por meio do Projeto Sinaflor, executado pela Aadesam (Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental). A plataforma digital permite acompanhar, em tempo real, todas as etapas da exploração florestal — desde a autorização para o manejo ou supressão vegetal até o transporte da madeira.
Integrado a outras bases como o CAR (Cadastro Ambiental Rural), o ADA, o CTF e o DOF (Documento de Origem Florestal), o sistema fortalece o monitoramento e reduz as possibilidades de fraudes. De acordo com o diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, a rastreabilidade é completa. “Cada metro cúbico é monitorado desde a origem até o destino final, o que eleva a transparência e dificulta práticas ilegais”, afirma.
O processo começa com o cadastro da propriedade no Sicar e do empreendimento no Sinaflor. Após análise técnica e aprovação do Plano de Manejo Florestal Sustentável (ou supressão vegetal), é emitido o DOF, documento obrigatório para transporte, que funciona como um “CPF da madeira”. Ele contém dados como volume, espécie, origem, destino, placa do veículo e trajeto.Foto: Divulgação
A fiscalização é feita por equipes do Ipaam, Ibama e Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb), que verificam se as cargas correspondem ao informado no sistema. Desde julho de 2025, o acesso ao Sinaflor passou a exigir certificado digital tipo A3 ou superior, oferecendo mais segurança nas operações.
Além do controle, o Projeto Sinaflor também atua dando suporte técnico e orientações ao público. Segundo Ricardo Bártholo, gerente do projeto no Ipaam, o trabalho também acelera o andamento dos processos e promove a regularidade da exploração florestal no estado.
Para dar início ao processo de licenciamento, é necessário comprovar a posse da terra e solicitar a Autorização Prévia para Análise Técnica (Apat). Após a aprovação, o empreendedor apresenta o plano de manejo, que será avaliado conforme critérios técnicos. Com a autorização final, a exploração pode ser iniciada.
Empresas ou indivíduos que desrespeitam as normas estão sujeitos a penalidades que incluem multas de até R$ 300 por metro cúbico irregular e R$ 10 mil por hectare desmatado, além de apreensões e sanções criminais. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo WhatsApp da Gefa: (92) 98557-9454.
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