A operação foi ordenada pelo secretário de Guerra norte-americano, Pete Hegset.
O governo dos Estados Unidos enviou nesta sexta-feira (24) um grupo de ataque liderado pelo USS Gerald Ford, maior porta-aviões do mundo, para o mar do Caribe, em meio à escalada de tensões com a Venezuela. A operação foi ordenada pelo secretário de Guerra norte-americano, Pete Hegseth, e integra um esforço de monitoramento e contenção de atividades ilícitas na região.
O grupo de ataque USS Gerald Ford inclui:
- O porta-aviões USS Gerald Ford;
- Três destróieres: USS Mahan, USS Bainbridge e USS Winston Churchill;
- Três esquadrões de caças F-18;
- Dois esquadrões de helicópteros de ataque MH-60.
Segundo o Pentágono, a presença reforçada permitirá aos EUA detectar, monitorar e interromper atividades que comprometam a segurança norte-americana e do Hemisfério Ocidental, afirmou o porta-voz Sean Parnell.
O USS Gerald Ford é o porta-aviões mais moderno da Marinha dos EUA, com capacidade para abrigar até 90 aeronaves entre caças e helicópteros. Ele foi incluído ao arsenal americano em 2017 e possui uma pista de decolagem e pouso de alta tecnologia. Antes de ser destacado para o Caribe, o navio passou pelo Estreito de Gibraltar no início de outubro, realizou exercícios na Noruega e foi visto pela última vez na costa da Croácia em 21 de outubro.
A escalada de tensões entre EUA e Venezuela já resultou em bombardeios a 10 barcos venezuelanos no Caribe e no Oceano Pacífico próximo à América do Sul. Desde agosto, o governo Trump classificou cartéis de drogas sul-americanos como organizações terroristas e ordenou operações militares contra eles, alegando o objetivo de conter o fluxo de drogas para os EUA.
O governo americano também dobrou a recompensa pela captura de Nicolás Maduro, apontado como chefe do Cartel de Los Soles, para US$ 50 milhões (cerca de R$ 269 milhões). Maduro, por sua vez, denunciou que o objetivo real da ofensiva é tirá-lo do poder, e apelou em inglês contra uma eventual operação americana: “no crazy war, please”.
Apesar das acusações, dados da ONU indicam que a droga que mais causa overdoses nos EUA, o fentanil, vem principalmente do México, próximo à costa oeste norte-americana, enquanto a frota militar foi enviada para o Caribe, na ponta oposta do país e próxima à Venezuela.
A presença do USS Gerald Ford reforça a já grande capacidade militar dos EUA na região, que inclui navios de guerra, caças, helicópteros e aviões bombardeiros, e sinaliza uma escalada significativa na política de pressão sobre o governo Maduro.
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