01/08/2025
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Entenda a nova regra de cadastro para chaves PIX

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Foto reprodução

Entenda como funcionam os golpes envolvendo o PIX e descubra dicas de prevenção para não cair em armadilhas. Proteja-se e evite prejuízos financeiros!

Em abril de 2025, muitos brasileiros se depararam com oportunidades de compras online que aparentavam ser seguras e atraentes. No entanto, após realizarem pagamentos via PIX, consumidores perceberam que os produtos nunca chegariam ao destino.

A tática empregada pelos golpistas consiste em criar ofertas tentadoras e simular a identidade de empresas reputadas ou e-commerces conhecidos. O comprador, muitas vezes pressionado pela urgência da oferta, realiza o pagamento por PIX sem desconfiar do risco. Ao analisar o recibo do PIX posteriormente, a discrepância nos dados do destinatário levanta dúvidas e expõe o golpe.

Como funcionam os golpes envolvendo o PIX?

O método mais comum consiste em falsificar a identidade de pessoas ou empresas idôneas para captar pagamentos. Utilizando nomes parecidos com os de estabelecimentos legítimos e, muitas vezes, criando sites que simulam lojas já conhecidas, os criminosos conseguem enganar mesmo aqueles que costumam ser cuidadosos. Após o pagamento, o produto não é enviado e o contato é perdido, tornando a recuperação do valor um desafio.

Segundo o Banco Central, o uso de CPFs irregulares ou até de pessoas falecidas para criar chaves PIX cresceu nos últimos anos. O mesmo ocorre com CNPJs de empresas inaptas, suspensas ou já encerradas. Isso permite aos golpistas movimentar valores de forma anônima e dificulta o rastreamento dos recursos.

Banco Central determina novas regras para cadastro de chave PIX

Com o aumento dos crimes financeiros ligados ao PIX, o Banco Central decidiu estabelecer novas exigências para o cadastro de chaves. Até 2024, havia somente uma recomendação para conferência de dados. Porém, diante dos dados alarmantes, agora as instituições bancárias só podem registrar uma chave PIX se todas as informações do titular coincidirem exatamente com aquelas registradas na Receita Federal.

  • Nome completo precisa coincidir com o do cadastro oficial.
  • CPF ou CNPJ devem ser válidos e estar ativos.
  • Para contas empresariais, o CNPJ não pode constar como inapto, baixado ou suspenso.

A decisão tem como objetivo dificultar o uso de dados irregulares por fraudadores, aumentando a segurança no momento de transferências e recebimentos via PIX. Segundo dados recentes, mais de oito milhões de CPFs irregulares já foram utilizados como chaves, sendo que parte deles pertencia a pessoas falecidas.

Entenda a nova regra de cadastro para chaves PIX
PIX. Créditos: depositphotos.com / rafapress

Como evitar fraudes ao realizar pagamentos com PIX?

Por mais que o sistema evolua, a responsabilidade do consumidor continua sendo um fator essencial na prevenção de fraudes. Diante de qualquer oferta, é importante analisar cuidadosamente os dados vinculados à chave PIX antes de concluir a transferência. Recomenda-se adotar as seguintes práticas:

  1. Conferir os dados: Sempre verifique se o nome, CPF ou CNPJ apresentados pelo destinatário do PIX correspondem exatamente à empresa ou pessoa pretendida.
  2. Pesquisar sobre a loja: Certifique-se de que está negociando com um estabelecimento legítimo. Buscar referências e consultar o CNPJ em bases oficiais são passos importantes.
  3. Desconfiar de preços muito baixos: Ofertas muito vantajosas podem ser indícios de fraude.
  4. Evitar pressa ao fechar negócios: Golpistas geralmente pressionam para que o pagamento seja feito rapidamente.
  5. Utilizar o Mecanismo Especial de Devolução (MED): Caso perceba que caiu em um golpe, acione a instituição bancária de imediato para tentar reverter o pagamento.

O avanço do Mecanismo Especial de Devolução, previsto para ganhar novas funcionalidades em 2026, promete ampliar a capacidade de rastreamento dos valores transferidos. Chamado de “MED 2.0”, o sistema permitirá que bancos acompanhem o caminho do dinheiro em várias camadas de transferência, aumentando a chance de recuperação dos prejuízos causados por fraudes.

O que muda para quem usa o PIX com as novas regras?

As mudanças promovidas pelo Banco Central impactam tanto consumidores quanto instituições financeiras. Para o usuário final, o processo de registro de uma nova chave PIX está mais rigoroso, exigindo que as informações estejam completamente corretas junto à Receita Federal. Isso pode resultar na necessidade de atualização cadastral em bancos e órgãos oficiais.

Instituições financeiras também passaram a ser responsabilizadas por validar criteriosamente os dados antes de aprovar uma chave PIX. Essa medida barra CPFs irregulares e CNPJs incompatíveis, reduzindo o número de golpes e aumentando a segurança do sistema.

O fortalecimento dessas barreiras demonstra o compromisso do Banco Central e do setor financeiro com a integridade das operações eletrônicas. Para quem utiliza o PIX no dia a dia, o mais importante é manter vigilância sobre cada transação e buscar informações sempre que existir qualquer dúvida. Dessa forma, é possível aproveitar a agilidade e praticidade do método sem abrir espaço para golpes e prejuízos.


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