As medidas ampliam o bloqueio já imposto anteriormente contra o magistrado.
A Lex Instituto de Estudos Jurídicos, empresa administrada por Viviane Barci de Moraes — esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes — e que tem o próprio ministro e os filhos do casal como sócios, realizou a compra de ao menos dois imóveis avaliados em R$ 16 milhões neste ano.
As aquisições ocorrem no mesmo período em que Viviane e a empresa foram incluídas nas sanções da Lei Magnitsky, anunciadas na última segunda-feira (22/9). As medidas ampliam o bloqueio já imposto anteriormente contra o magistrado.
Imóveis de alto padrão em Campos do Jordão
Em março, a Lex desembolsou R$ 4 milhões para adquirir um apartamento duplex de 365 metros quadrados, em Campos do Jordão (SP). O imóvel conta com cinco suítes, seis vagas de garagem, varanda gourmet e diversas comodidades de luxo, incluindo calefação, piso aquecido e sistema de aspiração central.
Anúncios recentes de apartamentos idênticos no mesmo edifício mostram valores de até R$ 7 milhões, o que reforça a valorização do empreendimento.
A compra mais recente se soma a outro apartamento já adquirido pela família no mesmo prédio. Em 2014, a empresa pagou R$ 4 milhões por uma unidade de 362,6 m², também comercializada pela construtora Poiano Lopes Ltda.
Impacto das sanções internacionais
Com a sanção da Lei Magnitsky, tanto Viviane quanto a Lex Instituto de Estudos Jurídicos ficam proibidos de realizar transações com cidadãos ou empresas norte-americanas. Além disso, estão impedidos de utilizar cartões de crédito vinculados a bandeiras internacionais emitidas nos Estados Unidos.
Segundo revelou em julho a coluna de Paulo Cappelli, o escritório da advogada havia sido mapeado pelo governo de Donald Trump, que avaliava que a atuação do ministro no STF teria impulsionado os negócios da família.
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