31/07/2025
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Dragagem no Rio Madeira em Humaitá viabiliza transporte de insumos para obras na rodovia Transamazônica

Dragagem no Rio Madeira
Foto reprodução

A ação é conduzida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Um serviço estratégico de dragagem no Rio Madeira, no trecho que corta o município de Humaitá (a 590 km de Manaus), foi iniciado com o objetivo de garantir a operação contínua da travessia de balsas e permitir o transporte de materiais para obras emergenciais na BR-230, a Transamazônica. A ação é conduzida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e atende a demandas logísticas fundamentais para o Amazonas e o Pará.

A dragagem tem como principal função assegurar a navegabilidade da hidrovia em um período crítico de estiagem. Com o rio apresentando baixos níveis em determinados trechos, as embarcações de grande porte, especialmente as balsas que transportam cargas pesadas como brita, cimento e máquinas, enfrentam dificuldades para avançar. O serviço de remoção dos sedimentos vai permitir a retomada das atividades logísticas, especialmente entre os estados do Amazonas e Pará — incluindo cidades como Marabá, Altamira e Itaituba.

De acordo com o Dnit, cerca de 200 mil metros cúbicos de sedimentos devem ser retirados nesta primeira fase da dragagem. Além de garantir a travessia de forma segura, a medida tem um impacto direto nas obras de recuperação de trechos da Transamazônica que foram afetados por alagamentos nos últimos meses. A logística para reconstrução da rodovia depende do transporte fluvial, dada a dificuldade de acesso por terra na região.

Ainda segundo o Dnit, 50% dos recursos previstos já estão empenhados e o restante aguarda liberação. A expectativa é que a operação seja intensificada até o fim do ano, com um projeto ainda mais ambicioso: a dragagem da hidrovia do Rio Madeira entre agosto e outubro, com previsão de remoção de 1,5 milhão de metros cúbicos de sedimentos.

A ordem de mobilização para esse trecho já foi emitida, e o início dos trabalhos depende agora da liberação de recursos por parte do Ministério de Portos e Aeroportos. O planejamento é parte de uma estratégia ampla de manutenção da malha hidroviária na Amazônia Legal, essencial para o escoamento da produção agrícola, abastecimento de municípios isolados e conexão com as principais rodovias federais.

Além da função logística, a dragagem também tem impacto direto na vida das comunidades ribeirinhas. A manutenção da navegabilidade do Rio Madeira garante acesso a serviços de saúde, educação e comércio, uma vez que muitas localidades dependem exclusivamente do transporte fluvial para se locomover.

A ação reforça a importância da integração entre os modais rodoviário e hidroviário na região amazônica, principalmente em períodos de cheias ou secas extremas. Em um território onde as estradas são escassas e frequentemente interrompidas por fatores climáticos, o rio continua sendo a principal via de acesso — e sua manutenção, uma prioridade estratégica.


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