Medida amplia guerra comercial e visa pressionar fronteiras e balança comercial dos EUA.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (12) a imposição de tarifas de 30% sobre produtos importados do México e da União Europeia. A medida, que passa a valer a partir de 1º de agosto, foi divulgada por meio de publicações na rede social Truth Social, onde o republicano compartilhou cartas enviadas aos governos dos dois parceiros comerciais.
Segundo Trump, o México tem colaborado com o controle da fronteira sul, mas “não o suficiente” para conter a atuação de cartéis do narcotráfico. “O México ainda não deteve os cartéis que estão tentando transformar toda a América do Norte em um playground do narcotráfico. Obviamente, não posso deixar isso acontecer!”, declarou. Ele afirmou que a nova tarifa será aplicada independentemente de outras tarifas setoriais em vigor.
Ainda na mensagem, Trump alertou que, em caso de retaliação comercial por parte dos afetados, o governo norte-americano poderá aumentar ainda mais as taxas.
Quanto à União Europeia, Trump argumentou que os EUA não podem continuar sustentando déficits comerciais prolongados com o bloco europeu. “Tivemos anos para discutir a nossa relação comercial com a União Europeia e concluímos que devemos nos afastar destes déficits comerciais de longo prazo, grandes e persistentes, gerados pelas suas políticas tarifárias e não tarifárias”, afirmou.
O presidente também propôs uma espécie de trégua condicionada: as empresas europeias poderiam evitar as tarifas se decidirem transferir sua produção para os Estados Unidos. “Não haverá tarifa se a União Europeia, ou empresas dentro da UE, decidirem fabricar produtos nos Estados Unidos”, completou, prometendo acelerar a liberação de licenças e aprovações para empresas estrangeiras que optarem por se instalar no território americano.
A medida aprofunda a tensão no comércio internacional e deve gerar reações tanto políticas quanto econômicas. Especialistas já preveem impactos nas exportações e em cadeias de produção integradas, especialmente nos setores automotivo, agroindustrial e de tecnologia. A União Europeia ainda não se pronunciou oficialmente, mas autoridades mexicanas classificaram a decisão como “hostil” e prometeram avaliar “respostas proporcionais”.
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