No total, 355 estudantes que moram em comunidades de Benjamin Constant, Careiro da Várzea, Novo Aripuanã, Tefé e Tonantins terão que repor aulas em calendário especial
A estiagem que ocorre nos rios do Amazonas já afeta 355 estudantes da rede estadual de ensino. No total, seis escolas devem adotar o calendário letivo especial de modo a repor os dias de aulas suspensas, devido ao avanço da seca no estado. Caso a vazante continue a se acentuar nos municípios, pelo menos 20 mil alunos podem ser impactados.
Até a sexta-feira (15/09), eram 34 alunos impactados pela estiagem, dos quais 27 eram de comunidades de Benjamin Constant (distante 1.121 quilômetros de Manaus) e sete de Careiro da Várzea (a 25 quilômetros da capital). A partir desta terça-feira (19/09), 321 estudantes de comunidades dos municípios de Novo Aripuanã, Tefé e Tonantins (respectivamente, a 227, 523 e 865 quilômetros de Manaus) passaram a não conseguir ir para as unidades de ensino em que estudam, por conta da vazante.
Além da reposição de aulas, a Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar disponibilizará, por meio do Programa de Apoio a Gestão Escolar (Pague), recurso aos Conselhos Escolares para aquisição de kits de alimentação para os alunos em vulnerabilidade alimentar. O montante de R$ 1,6 milhão pode ser utilizado para aquisição de kits, caso ultrapassem os 20 mil estudantes afetados, em razão do isolamento causado pela vazante dos rios.
De acordo com a secretária executiva adjunta do Interior, da Secretaria de Estado da Educação, Ana Maria Freitas, a rede estadual de ensino tem monitorado a situação dos estudantes nos 45 municípios que se encontram em situação de emergência, alerta ou atenção.
“Não temos medido esforços para monitorar os municípios que estão em estado de emergência, alerta ou atenção. A pedido do governador Wilson Lima, desenvolvemos um plano de ação, que contempla o calendário de reposição de aulas e a disponibilização de recursos por meio do Pague, para que estes estudantes continuem sendo assistidos com a merenda escolar”, disse a secretária executiva adjunta do Interior, da Secretaria de Estado da Educação.
Atualmente, a estiagem já afeta 256 estudantes das comunidades Deus é Pai, Ponta da Sorva, Aranatuba, Moquentaç, Santa Cruz do Tarará, Pirarara, Macari, Bacuri, Igarapé Açu, São Francisco do Itaúba, Nova Jeruzalém Cocama, Mirini, Cairara, Marajó, Feliciana, Barreirinha, Bela Conquista, São Domingos I (todas de Tefé); 58 da Comunidade Abelha (Novo Aripuanã); 27 alunos comunidades Prosperidade 2 (Benjamin Constant), 7 alunos da comunidade São Domingos I (Tonantins) e 7 estudantes da comunidade Divino Espírito Santo (Careiro da Várzea). Totalizando assim, 355 alunos afetados pela seca no Amazonas.
Operação Estiagem 2023
O governador Wilson Lima lançou um plano de ação da Operação Estiagem 2023 com medidas de assistência aos municípios afetados, incluindo o abastecimento de água, distribuição de cestas básicas, kits de higiene pessoal, renegociação de dívidas e fomento para produtores rurais.
Segundo levantamento realizado pela Defesa Civil do Amazonas, por meio do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), quatro municípios já se encontram em situação de emergência: Benjamin Constant e São Paulo de Olivença, na calha do Alto Solimões, Envira e Itamarati, na calha do Juruá. Outras 15 cidades estão em situação de alerta e 13 em estado de atenção.
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