Informativo conta com atualizações dos sistemas de monitoramento.
O mais recente boletim divulgado nesta quinta-feira (17/04) pelo Comitê Permanente de Enfrentamento a Eventos Climáticos e Ambientais revela um cenário preocupante no estado do Amazonas: mais de 23 mil famílias já foram afetadas pelas cheias dos rios, totalizando cerca de 92,4 mil pessoas impactadas diretamente.
Veja documento:BOLETIM CHEIA 17.04-1
A situação climática atinge todas as nove calhas de rios do estado, com níveis de cheia em diferentes estágios. O fenômeno, que se intensificou a partir de março, deve seguir com picos variados até julho, exigindo atenção constante das autoridades e da população ribeirinha.
Segundo o boletim, dos 62 municípios do Amazonas, nove já decretaram Situação de Emergência, 17 estão em Alerta e 36 permanecem em Atenção. O governo estadual vem atuando em conjunto com as prefeituras e a Defesa Civil para mitigar os danos e prestar assistência às famílias atingidas.
Municípios em Situação de Emergência
Os municípios mais gravemente afetados pela cheia até o momento são: Humaitá, Apuí, Manicoré, Boca do Acre, Guajará, Ipixuna, Novo Aripuanã, Benjamin Constant e Borba. Essas localidades enfrentam alagamentos intensos, perda de moradias, comprometimento da produção agrícola e dificuldades de mobilidade, o que levou à decretação oficial de emergência para facilitar a liberação de recursos e ações emergenciais.
Municípios em Alerta
Outras 17 cidades estão em estado de alerta, com riscos iminentes de agravamento da situação: Nova Olinda do Norte, Pauini, Lábrea, Canutama, Tapauá, Beruri, Itamarati, Eirunepé, Envira, Carauari, Juruá, Atalaia do Norte, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins. Nestes locais, o nível dos rios já preocupa e os órgãos de monitoramento intensificaram os trabalhos de vigilância e prevenção.
Municípios em Atenção
A maioria dos municípios amazonenses, 36 ao todo, estão em situação de Atenção, ou seja, em estágio inicial de impacto, mas que requer acompanhamento constante. Estão nesta lista cidades importantes como Manaus, Parintins, Manacapuru, Itacoatiara, Tefé, Coari e São Gabriel da Cachoeira.
Esses municípios já registram aumento no volume dos rios e risco de alagamentos em comunidades ribeirinhas, mas ainda sem a necessidade de decretar emergência ou alerta. A Defesa Civil mantém equipes em campo, realizando monitoramento e orientando as prefeituras quanto a ações preventivas.

Ações de enfrentamento
A Operação Cheia 2025 teve início, na quarta-feira (16/04), com o anúncio do governador Wilson Lima de envio de ajuda humanitária para a calha do rio Madeira, especificamente, para os municípios de Humaitá, Manicoré e Apuí, as primeiras cidades a decretarem Situação de Emergência em razão da cheia.
A mobilização foi realizada nesta quinta-feira no Porto do São Raimundo, em Manaus, de onde saiu uma força-tarefa coordenada para garantir o atendimento imediato às populações afetadas.
Estão sendo transportadas 160 toneladas de cestas básicas, contendo alimentos de primeira necessidade para garantir a segurança alimentar das famílias atingidas, além de 600 caixas d’água com capacidade para armazenamento em residências sem acesso ao abastecimento regular.
O pacote emergencial inclui ainda 33 mil copos de água potável e seis purificadores de água do projeto Água Boa, com capacidade para tratar e distribuir água limpa em comunidades isoladas.

Foto: Divulgação
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