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Chefes tráfico em Manaus, “Chico Rato” e “Gringo” estão entre os mortos da megaoperação no Rio de Janeiro

Chefes tráfico em Manaus, “Chico Rato” e “Gringo” estão entre os mortos
Foto reprodução

Polícia confirma que os dois traficantes amazonenses integravam o Comando Vermelho e morreram em confronto nos complexos da Penha e do Alemão.

A lista de mortos na megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, divulgada pela Cúpula da Segurança Pública fluminense nesta sexta-feira (31), revelou que seis dos 121 mortos eram do Amazonas. A ação, considerada uma das maiores já realizadas no estado, aconteceu na última terça-feira (28) e teve como alvo os complexos da Penha e do Alemão, redutos estratégicos da facção.

O governador do RJ Cláudio Castro (PL) confirmou a informação nas redes sociais e falou dos corpos reconhecidos. “Cinquenta e nove pessoas foram identificadas até o momento, todas com histórico criminal. Vinte e duas delas naturais de outros estados. Seis do Pará, seis do Amazonas, três da Bahia, dois de Goiás, dois do Espírito Santo, dois do Ceará e um da Paraíba”, informou.

Entre os mortos do Amazonas estão Douglas Conceição de Souza, conhecido como “Chico Rato”, e Francisco Myller Moreira da Cunha, o “Gringo”, ambos com históricos de envolvimento com o tráfico de drogas e assassinatos em Manaus.

Chico Rato

Douglas Conceição de Souza, de 32 anos, era apontado pela Polícia Civil como um dos principais chefes do tráfico na capital amazonense. Em 2018, ele foi preso acusado de matar os irmãos Isaías dos Santos Rabelo e Hilmes Souza Rabelo Filho, em um crime que chocou o bairro Tancredo Neves, zona Leste de Manaus. Um ano depois, a Justiça o condenou a 40 anos de prisão por homicídio qualificado.

Mesmo com extensa ficha criminal, Chico Rato cumpria pena em regime semiaberto por porte ilegal de arma. Ele também respondia por outro homicídio cometido em 2017. Segundo o ex-delegado da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Juan Valério, Douglas era o líder do tráfico no Tancredo Neves e mantinha ligações diretas com João Branco, um dos fundadores da extinta facção Família do Norte (FDN).

Com a queda da FDN e o fortalecimento do Comando Vermelho no Norte do país, Chico Rato teria migrado para a organização carioca, ascendendo na estrutura criminosa. Fontes da segurança afirmam que ele atuava como elo entre traficantes do Amazonas e líderes da facção no Rio, participando da logística de envio de drogas e armas pela rota fluvial do Solimões.

Gringo

Já Francisco Myller Moreira da Cunha, o Gringo, era natural de Eirunepé (AM) e completou 32 anos um dia antes de morrer no confronto. Segundo registros da Justiça amazonense, ele estava foragido desde abril de 2024, após ter um mandado de prisão expedido por homicídio e organização criminosa. Gringo teria fugido de Manaus para o Rio de Janeiro após operações policiais desmontarem parte da rede de tráfico em seu município de origem.

Autoridades do Rio afirmam que o levantamento completo de identificação ainda está em andamento. A Polícia Civil do Amazonas acompanha o caso em cooperação com as forças de segurança fluminenses.

Operação mais letal da história do Rio

A operação, denominada Operação Contenção, foi a maior e mais letal já registrada no estado do Rio de Janeiro. Participaram cerca de 2,5 mil agentes das Polícias Civil e Militar, com apoio de unidades especiais. Segundo o governo estadual, a ação resultou em 121 mortes — quatro delas de policiais — e teve como objetivo conter a expansão territorial do Comando Vermelho e desarticular suas bases logísticas nos complexos do Alemão e da Penha.

O objetivo da operação era conter o avanço do Comando Vermelho e cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 mandados de prisão, sendo 30 expedidos pelo estado do Pará, parceiro na operação.

O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, considerado o principal chefe solto do Comando Vermelho não foi preso. O secretário Victor Santos diz que, apesar disso, a operação foi um sucesso, prendendo 113 pessoas. Ele destaca que, entre as apreensões, estão HDs que podem levar às formas de lavagem de dinheiro e contribuir para as investigações policiais.

*Fonte Ampost


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