Um deles ainda acompanhou o parto da criança se apresentando como pai.
Um casal homoafetivo, vindo do estado de São Paulo, foi preso nesta sexta-feira (11) dentro de uma unidade hospitalar sob suspeita de tentar comprar um bebê recém-nascido por R$ 500 no município de Manacapuru (distante a 103 quilômetros de Manaus). A negociação teria sido intermediada por um terceiro homem, também detido pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
Segundo as autoridades, Wesley Fabian Lorenço e seu companheiro, Luís Armando dos Santos, chegaram ao hospital local se passando por pai e acompanhante da gestante. Wesley chegou a acompanhar o parto, apresentando-se como pai da criança ao corpo médico da maternidade.
A farsa foi descoberta após uma denúncia anônima feita à Polícia Civil, que mobilizou uma equipe de investigação. A operação resultou na prisão do casal no momento em que os dois tentavam ter acesso ao recém-nascido. Com eles, foi preso também José Uberlan Pinheiro Magalhães, de 27 anos, apontado como o intermediador do acordo.
Segundo a polícia, o trio chegou a ir a cartórios de Manacapuru com o objetivo de registrar a criança como filho. No entanto, os sistemas estavam fora do ar no momento, o que impediu a formalização do registro e contribuiu para que as autoridades tivessem tempo de agir.
O bebê permanece internado na maternidade de Manacapuru junto com a mãe biológica, que também está sendo investigada. A polícia aguarda sua alta médica para ouvi-la formalmente. Diante do envolvimento direto dela na suposta venda da criança, a Polícia Civil solicitou ao Conselho Tutelar e ao Ministério Público que o recém-nascido seja retirado da guarda da mãe e levado para um abrigo no município.
Os três presos devem passar por audiência de custódia neste sábado (12), e poderão responder por crimes como falsidade ideológica, adoção ilegal e tráfico de crianças, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
As autoridades destacaram que qualquer tipo de negociação envolvendo a guarda ou adoção de crianças fora dos trâmites legais é crime grave, e alertam a população para denunciar práticas suspeitas por meio dos canais da Polícia Civil.
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