Após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas de 100% para países que continuarem comprando petróleo da Rússia, agora foi a vez da OTAN subir o tom contra o Brasil. Em declaração direta, o novo secretário-geral da aliança militar, Mark Rutte, afirmou que o Brasil, China e Índia poderão ser duramente penalizados com sanções secundárias severas, caso não interrompam os laços comerciais com Moscou.
“Se você é o presidente da China, o primeiro-ministro da Índia ou o presidente do Brasil e ainda negocia com os russos e compra seu petróleo e gás, saiba que aplicarei sanções secundárias de 100%”, disse Rutte, durante audiência no Congresso dos EUA.
A fala foi feita um dia após Trump dar um ultimato de 50 dias para que a Rússia negocie um acordo de paz com a Ucrânia. Caso contrário, países que continuam comprando petróleo russo poderão ser alvo de tarifas punitivas altíssimas, como já previsto no projeto bipartidário que tramita no Senado dos EUA — com apoio de senadores como Lindsey Graham e Richard Blumenthal.
Pressão global sobre o Brasil aumenta
A fala de Rutte reforça que a comunidade internacional está se alinhando aos EUA em uma política agressiva de isolamento econômico da Rússia. A OTAN já sinaliza apoio à proposta de sanções secundárias globais contra quem financiar o esforço de guerra de Putin — mesmo indiretamente, via comércio de petróleo.
O recado para o Brasil foi claro: ou muda de postura frente ao conflito ou enfrentará consequências econômicas pesadas.
Riscos para o Brasil
• Prejuízo nas importações: Caso as tarifas de 100% sejam aplicadas, o Brasil verá aumento imediato no custo de importação de petróleo russo — o que pode gerar efeitos inflacionários em cadeia.
• Isolamento diplomático: Com a OTAN e os EUA unidos, o Brasil corre o risco de sofrer retaliações multilaterais, inclusive com cortes em acordos comerciais.
• Sem proteção externa: China e Rússia, embora aliadas comerciais, não têm capacidade nem interesse imediato em blindar o Brasil dessas sanções.
E o governo Lula?
Até o momento, o Palácio do Planalto não se pronunciou oficialmente. Nos bastidores, o Itamaraty tenta evitar uma crise diplomática, mas interlocutores admitem que o governo não está disposto a mudar sua postura geopolítica ou energética.
Além disso, a recente recusa do governo Lula em condenar a censura judicial no país, como exigido por Washington, teria fechado a porta para negociações diplomáticas mais favoráveis.
Conclusão
Depois de Trump, agora é a vez da OTAN deixar claro: se o Brasil continuar alinhado comercialmente à Rússia, sofrerá as consequências. As sanções de até 100% podem entrar em vigor em agosto. A cobrança é clara: parar de financiar a guerra e respeitar valores democráticos. Resta saber se o governo brasileiro manterá sua atual rota — e a que custo.
Veja vídeo:
*Fonte cm7brasil
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