De acordo com o Painel de Obras Paralisadas do TCU, o Amazonas tem 667 obras federais cadastradas, das quais 426 estão paralisadas.
O Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que o Amazonas possui 438 obras paralisadas, somando R$ 1,3 bilhão em investimentos públicos federais que não chegaram à conclusão. O levantamento mostra que o estado ocupa o 10º lugar no ranking nacional de empreendimentos interrompidos, em meio a um cenário de ineficiência e desperdício de recursos.
De acordo com o Painel de Obras Paralisadas do TCU, o Amazonas tem 734 obras federais cadastradas, das quais 426 estão paralisadas, especialmente nos setores de educação e saúde, que concentram 360 empreendimentos inacabados.

Entre as obras interrompidas estão unidades de ensino infantil, postos de saúde, pavimentação de ruas e até a construção de um complexo esportivo. Um dos casos emblemáticos é o da Escola Indígena São José, planejada para a zona rural de Jutaí, com custo previsto de R$ 942 mil. O termo de compromisso foi assinado em 2014, mas o contrato foi cancelado após apenas 20% da obra ter sido executada e paga à construtora responsável. Hoje, o que resta é apenas a placa da obra abandonada.
Obras do PAC também estão entre as paradas
O relatório revela ainda que 90% das obras vinculadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Amazonas estão paralisadas. Dos R$ 116,5 milhões previstos em investimentos, apenas R$ 16,6 milhões foram efetivamente pagos.
A situação reforça o impacto da falta de planejamento e fiscalização na execução de políticas públicas de infraestrutura, deixando comunidades sem acesso a serviços básicos.
Cenário nacional
Em todo o país, o TCU identificou mais de 11 mil obras paralisadas. O estado com o maior número é o Maranhão, com 1.141, seguido por Pará (869), Bahia (738) e Minas Gerais (671). O Amazonas, com 438, aparece logo atrás de estados como Piauí (438) e Rio de Janeiro (472).
O levantamento do TCU indica que os principais motivos para a paralisação incluem abandono de contratos, falhas na prestação de contas, dificuldades orçamentárias e problemas técnicos durante a execução.
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