segunda-feira, 8 de julho de 2024
Pesquisar

Advogado da família de Djidja diz que ‘Prisão os salvou da morte’

Foto reprodução
Foto reprodução

A família de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido encontrada morta na última quarta-feira (26), está sob investigação por envolvimento em tráfico de drogas e associação ao tráfico.

Cleusimar e Ademar, mãe e irmão de Djidja, foram presos preventivamente na quinta-feira, em uma operação que também prendeu três funcionários da rede de salões Belle Femme, administrada pela família. Segundo o advogado da família, a prisão dos dois “salvou da morte”, devido ao estado alterado pelo uso de drogas.

Durante as operações nos salões Belle Femme, a polícia encontrou centenas de seringas e doses de droga prontas para uso. Ademar Cardoso também enfrenta um mandado de prisão pelo crime de estupro. Na audiência de custódia realizada na sexta-feira, a legalidade da prisão preventiva de Cleusimar e Ademar foi confirmada.

O advogado Vilson Benayon declarou que ambos não puderam depor no momento da prisão devido ao estado alterado pelo uso de drogas, e solicitou exames toxicológicos e internação compulsória em uma clínica de reabilitação.

“Pedimos o toxicológico e a internação compulsória dos dois em uma clínica de reabilitação. Eles foram atendidos na enfermaria do complexo prisional em crise de abstinência. Ontem estavam de um jeito, hoje estão de outro. O que eles têm é uma patologia, a prisão os salvou da morte.”disse o advogado em entrevista ao Globo.

Cleusimar e Ademar estavam em crise de abstinência e foram atendidos na enfermaria do complexo prisional. O advogado explicou que grande parte do faturamento dos salões Belle Femme era usado para sustentar o vício da família.

Djidja Cardoso também era investigada pela Polícia Civil do Amazonas por seu envolvimento na seita “Pai, Mãe, Vida”, liderada por sua mãe e irmão, que tinha um forte cunho religioso. A seita acreditava que Cleusimar, Ademar e Djidja eram respectivamente Maria Madalena, Maria e Jesus Cristo.

As investigações, que começaram há cerca de 40 dias, revelaram que a droga era obtida de forma irregular em uma clínica veterinária. Relatos de vítimas indicam que foram dopadas e mantidas em cárcere privado.

A morte de Djidja foi o catalisador para o início das operações policiais contra a organização. Segundo o delegado Cícero Túlio, a seita usava a droga para entrar em transe e “transcender para outra dimensão”.

O delegado Daniel Antony informou que ainda não há elementos para confirmar o homicídio na morte de Djidja, mas a investigação continua.

Deixe o seu Comentário

Advogado da família de Djidja diz que ‘Prisão os salvou da morte’

plugins premium WordPress