Ato simbólico marcou o primeiro dia da conferência em Belém e cobrou Justiça para defensores do meio ambiente.
Um grupo de manifestantes vindos do México realizou, nesta segunda-feira (10), um protesto simbólico em frente à entrada da Blue Zone, área controlada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na COP30, em Belém. Deitados no chão e cobertos por lençóis brancos, os participantes encenaram as mortes e desaparecimentos de ativistas ambientais que sofrem perseguições em diferentes partes do mundo.
A ação foi organizada pela Caravana Mesoamericana contra as Falsas Soluções Climáticas, movimento que reúne defensores de direitos humanos e do meio ambiente de vários países da América Latina. O grupo atravessou o continente em uma longa jornada até Belém para participar da conferência e denunciar a violência crescente contra ambientalistas.
“Deitamos simbolicamente para lembrar aqueles que já não podem mais lutar. Queremos Justiça e proteção para quem defende a vida e a natureza”, afirmaram os manifestantes durante o ato.
O protesto aconteceu no primeiro dia oficial da Cúpula do Clima, que reúne delegações de mais de 190 países para discutir metas de descarbonização, preservação da Amazônia e transição energética.
De acordo com os participantes, o gesto busca chamar atenção da comunidade internacional para os casos de assassinatos, desaparecimentos e prisões de defensores ambientais, especialmente em regiões como México, América Central e Amazônia, onde a disputa por terras e recursos naturais costuma colocar em risco a vida de lideranças locais.
Durante a performance, os lençóis representaram os corpos de ativistas mortos, simbolizando o silêncio imposto pela violência e a urgência de respostas concretas.
A caravana reforçou que continuará promovendo atos pacíficos durante os dias da conferência, cobrando dos países signatários políticas efetivas de proteção aos povos indígenas, quilombolas e ambientalistas.
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