Aprovada pela Assembleia Legislativa, a nova lei que autoriza mulheres a portar armas de eletrochoque reacende o debate sobre políticas de segurança e enfrentamento à violência de gênero no Amazonas.
Defensores da medida afirmam que o dispositivo garante mais autonomia e pode ser decisivo em situações de risco iminente. Já críticos alertam que a lei transfere para a vítima a responsabilidade de se proteger, em vez de fortalecer a prevenção e a presença efetiva do Estado.
Especialistas reforçam que o eletrochoque deve ser usado apenas como último recurso, em cenários de ameaça real, e que a prioridade deve ser evitar confrontos diretos. Após o uso, a recomendação é acionar imediatamente a polícia e registrar ocorrência.
A lei, embora considerada um avanço por alguns setores, abre espaço para uma discussão maior: até que ponto medidas individuais substituem políticas públicas estruturais de proteção às mulheres?
Conforme o documento, as mulheres poderão adquirir, possuir e portar uma arma de eletrochoque com potência máxima de 10 joules, desde que cumpram os critérios de segurança estabelecidos na lei, incluindo a apresentação de documentação, certidão negativa de antecedentes criminais e participação em curso de capacitação ministrado por instrutores credenciados pelos órgãos de segurança pública do Amazonas.

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