Agentes estão no MS para descobrir quem teria destruído 30 mil hectares no período das festas juninas
A Polícia Federal (PF) abriu investigação nesta quinta-feira, 10, para saber quem provocou a queima de aproximadamente 30 mil hectares. As áreas compreendem partes do Pantanal e da Bolívia. Autoridades acreditam que o objetivo do crime era facilitar a criação de gado.
Conforme a Operação Arraial São João, o período de maior queimada foi em junho. O fogo coincidiu com os finais de semana em que se comemoraram as tradicionais festas juninas de Corumbá (MS). Análise de peritos indicam que o fogo percorreu a margem do Rio Paraguai e se espalhou até o território da Bolívia.
Agentes foram às ruas de Corumbá para vasculhar endereços de supostos responsáveis pelas queimadas. As buscas por pistas tiveram o apoio do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama). Contam com ajuda, também, da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul.
A investigação apura possíveis crimes de incêndio, desmatamento, exploração ilegal de terras da União, falsidade ideológica, grilagem de terras e associação criminosa.
PF suspeita de ocupações irregulares
A área queimada, de acordo com o inquérito, é alvo constante de crimes ambientais. O terreno, depois de ser devastado pelo fogo, é ocupado irregularmente por meio de fraudes junto a órgãos governamentais. A PF diz haver indícios de manejo de gado irregular da Bolívia na área atingida pelo fogo.
Em Brasília, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou na quarta-feira 9 que ajuizou cinco ações na Justiça para cobrar R$ 89 milhões de pessoas físicas e jurídicas. Essas pessoas teriam destruído vegetações nativas com queimadas na Amazônia.
Fiscais do Ibama nos municípios de Boca do Acre (AM), Lábrea (AM), Altamira (PA), São Felix do Xingu (PA) atuaram os infratores ambientais. Estima-se que os criminosos desmataram cerca de 5 mil hectares.
Nas ações, a AGU pede o bloqueio dos bens dos acusados, a obrigação de reparar as áreas desmatadas e a proibição de explorar comercialmente as localidades. A Justiça também solicitou a suspensão de benefícios fiscais.
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