domingo, 6 de julho de 2025
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Fonte de dados meteorológicos: 30 tage wetter

Seca no rio Negro afeta produção na Zona Franca de Manaus

Foto reprodução

O comprometimento da navegabilidade tem impactado os custos logísticos e a produção industrial; Empreendedores pedem férias coletivas

Manaus está entre os 20 municípios que se encontram em situação de emergência devido à seca no estado, conforme balanço divulgado pela Defesa Civil. A estiagem severa no rio Negro afeta, sobretudo, a Zona Franca de Manaus. Gestores e empreendedores afirmam que o fenômeno, somado à ausência de infraestrutura, está “castigando” a economia do Amazonas.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AM) e do sindicato dos metalúrgicos do Amazonas (Sidmetal-AM), Valdemir Santana, informou ao Toda Hora que existem empresas realizando solicitações referentes às férias coletivas, suspendendo, assim, as atividades durante o período.

“A matéria-prima não irá chegar para a produção final de dezembro, porque não há como escorrer a produção, devido à estiagem. Nós não temos estradas e essas empresas não trabalham com estoques”, aponta.

Momento ímpar
Segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, a maioria dos produtos que vêm para o Polo Industrial de Manaus, chegam por intermédio de navios. Com o nível das águas do Rio Negro equivalente a 15,88 metros, a navegabilidade de meios de transporte hidroviários está comprometida na região, o que ocasiona aumentos expressivos nos custos, atrasos e riscos logísticos.

“Justamente nesta época do ano, em que as indústrias aumentam a aquisição dos insumos para produzir e abastecer o país para as vendas de final de ano, somos penalizados pela falta de infraestrutura de rodovias e hidrovias capazes de garantir o recebimento das mercadorias e do escoamento dos produtos da Zona Franca de Manaus. Enquanto a BR 319 não for pavimentada, dependemos inteiramente dos rios”, aponta Azevedo.

As contramedidas adotadas para contornar essas adversidades, conforme o vice-presidente, baseiam-se em reduzir a quantidade de contêineres por embarcação, arcando com os mesmos custos da viagem, o que significa um aumento substancial no preço dos fretes.

“Este é um momento ímpar de reflexão sobre as medidas corretivas e preventivas na infraestrutura logística da região, para operar com as condições mínimas de continuidade em épocas sazonais e cíclicas que alteram o clima na região e nos deixam sem alternativas. O Governo Federal, Estadual e o setor produtivo devem debater projetos estruturantes para a região, tendo em mente que outras adversidades climáticas virão e em maior intensidade. Precisamos nos antecipar e estar preparados”, assinala.

*Com informações todahora


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